Milhões de segurados do INSS já solicitaram a devolução dos descontos indevidos ocorridos nas contas durante os anos, após a descoberta das subtrações.
Os descontos indevidos do INSS referem-se a cobranças feitas diretamente no contracheque de aposentados e pensionistas sem que eles tenham autorizado previamente essas deduções. Em muitos casos, essas cobranças envolvem mensalidades associativas, empréstimos ou serviços não contratados.
Esse tipo de irregularidade representa não apenas uma violação financeira, mas também um ataque à dignidade de quem já contribuiu com o sistema previdenciário. A situação se torna ainda mais grave quando o valor mensal do benefício é comprometido sem explicações claras.
Diante desse cenário, torna-se urgente entender os mecanismos para identificar, denunciar e recuperar os valores indevidamente descontados. Neste momento, há uma força-tarefa criada para ressarcir os beneficiários lesados, mas é importante informar que você foi uma vítima.

Neste artigo, você confere:
Mais de 2 milhões de segurados pediram a devolução dos descontos indevidos
Mais de dois milhões de aposentados e pensionistas já solicitaram oficialmente ao INSS a devolução de valores descontados sem autorização. Esses pedidos, feitos até o fim da tarde de um sábado recente, refletem o aumento na conscientização dos segurados sobre seus direitos.
Entre os mais de dois milhões de registros, quase 1,9 milhão de solicitações ocorreram pelo aplicativo Meu INSS, ferramenta digital que tem se mostrado essencial para agilizar os atendimentos. Outros 200 mil segurados utilizaram a central de atendimento telefônico 135 para realizar a solicitação.
O Instituto Nacional do Seguro Social reiterou que os beneficiários precisam confirmar expressamente que não autorizaram os descontos para que o pedido de ressarcimento seja validado. Essa etapa inicial não exige o envio de documentos, o que facilita o processo.
A solicitação pode ser feita pelo site oficial, pelo aplicativo ou pela central de atendimento, sempre com atenção para evitar o uso de links falsos ou golpes que se aproveitam do momento de vulnerabilidade. A automatização do processo garante mais eficiência no reconhecimento dos direitos violados.
Devolução só ocorre através da solicitação
A devolução dos valores não acontece de forma automática. Para que o INSS inicie o reembolso, o beneficiário deve realizar a solicitação, informando que o desconto não foi autorizado. Depois disso, o Instituto aciona a entidade responsável para que ela comprove a existência de autorização formal.
Se a entidade não conseguir apresentar a documentação exigida, será obrigada a devolver os valores ao INSS, que então repassa os recursos ao segurado lesado. Por isso, quem identificar qualquer valor estranho no extrato do benefício deve agir rapidamente.
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Como conferir se sofri com descontos indevidos?
Verificar se houve desconto indevido no benefício é um procedimento simples, mas que exige atenção. O aposentado ou pensionista pode acessar o extrato de pagamento mensal por meio do aplicativo Meu INSS ou pelo site oficial do instituto.
Nessa área, o beneficiário deve analisar detalhadamente os valores lançados, especialmente os itens identificados como mensalidades associativas ou consignações que não tenham sido autorizadas. Caso haja alguma cobrança suspeita ou desconhecida, é essencial registrar o fato para posterior contestação.
Além do extrato, os beneficiários devem ficar atentos a contatos suspeitos por telefone, WhatsApp ou e-mail. Criminosos costumam utilizar o argumento de descontos indevidos para enganar os segurados e obter dados bancários ou documentos pessoais.
Portanto, qualquer comunicação que solicite informações confidenciais deve ser ignorada e denunciada às autoridades. A Caixa Econômica Federal, o INSS e outras instituições jamais solicitam dados sensíveis por canais informais.
Como solicitar a devolução dos descontos indevidos?
Se for identificado um desconto não autorizado, o beneficiário deve registrar imediatamente a solicitação de devolução. Esse pedido pode ser feito de três formas: pelo site oficial do Meu INSS, pelo aplicativo disponível em celulares ou pelo telefone 135.
Não é necessário apresentar documentos, apenas informar que não reconhece o desconto em questão. O sistema vai registrar o pedido e iniciar a análise. Em seguida, o INSS notificará a associação ou entidade envolvida para que apresente uma prova da autorização do desconto.
Caso a entidade não comprove a regularidade, ela deverá devolver os valores ao Instituto, que posteriormente fará o repasse ao segurado. Essa devolução busca reparar o dano sem burocracia excessiva, desde que o pedido seja feito corretamente.
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Entendendo as fraudes do INSS
As fraudes no INSS envolvem diversos esquemas que visam explorar indevidamente os benefícios previdenciários de aposentados e pensionistas. Uma das formas mais comuns são os descontos em folha feitos por entidades associativas que, muitas vezes, nem sequer existem fisicamente.
Essas associações fraudulentas realizam cadastros falsos, forjam assinaturas e utilizam dados pessoais obtidos de maneira ilegal para registrar autorizações fictícias. Assim, conseguem acesso ao benefício do segurado, gerando prejuízos financeiros que se repetem mensalmente até que alguém perceba.
Outro tipo de golpe frequente são os empréstimos consignados não solicitados. Com acesso aos dados dos segurados, criminosos contratam empréstimos em nome dos beneficiários sem qualquer aviso prévio. As parcelas desses empréstimos são automaticamente descontadas, sem que o segurado veja.
Quando descobre o problema, o processo de cancelamento ou reembolso costuma ser demorado e burocrático, o que intensifica o transtorno. Além disso, esses golpes prejudicam principalmente os idosos, que costumam confiar nos agentes de atendimento e em ligações telefônicas.
O uso de golpes por telefone e aplicativos de mensagens também tem se multiplicado. Nesse tipo de fraude, os golpistas se passam por servidores do INSS e alegam que houve um desconto indevido, prometendo devolução de valores.
Para isso, solicitam dados bancários, documentos e até senhas, que depois são usados para aplicar novos golpes. Diante dessa realidade, manter-se informado, conferir periodicamente o extrato do benefício e buscar orientação em canais oficiais são as principais formas de se proteger.
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